27 de jun. de 2012

Aquele da infantilidade

Lá estava eu, sentado, lendo um livro qualquer na sala de espera do consultório do meu clínico geral, aguardando para ser atendido. Eu e uma menina, aparentemente da mesma idade que eu ou talvez um pouco mais velha, estávamos mofando naquele consultório há  intermináveis três horas quando eu resolvi fazer um lanchinho de glicose. Comprei um pacotinho daqueles biscoitos em forma de canudinho, recheado com chocolate e fui ignorar minha taxa elevada de açúcar no sangue em paz.

Eu mal tinha acabado de terminar meu pacotinho quando a vagabunda se levanta e, de todas as opções disponíveis, comprou o mesmíssimo biscoito que eu. Fitei incrédulo a maldita.

Naquela hora, em algum lugar das entranhas da minha alma uma necessidade perturbadora de olhar para a garota com todo o desprezo que eu pudesse juntar na hora cresceu dentro de mim. A minha vontade, honestamente, era de regredir minha idade mental por completo, virar e falar:

"Sua macaca de imitação ridícula."

Mas daí eu lembrei que eu não estava mais no jardim de infância.

2 comentários:

  1. ASUIHDASUIHDUIASHDIUASHD
    MANO, vc deixou ela com vontade, que absurdo, relaxa aí

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  2. Não tenha dúvidas que eu teria olhado pra ela e gritado coisa pior! hahahaha

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