31 de dez. de 2011

Aquele de 2011

Dois mil e onze foi um ano meio merda. Me estressei com a vida, não sabia o que fazer com minha carreira, não sabia que direção queria ir, sentia vontade de nada. Achei dúvidas na minha cabeça que eu nem sabia que existiam e metas que pensava não ter vontade de tentar seguir. Se possível me atolei mais ainda em dívidas e teve dias que me sentia emocionalmente com o peso do chão sobre mim com mais toneladas e toneladas de fezes por cima. Mas eu superei.

Conheci muita gente nova. Trabalhei com muita gente bacana e descobri que talvez eu possa servir para alguma coisa nesse mundo se eu fizer o esforço necessário. Encontrei o pai da minha futura filha e estou quase decidindo o que quero da vida.

Dois mil e onze pareceu um ano que ia demorar para acabar. Acho que porque no quesito obrigações e estudos foi quase tudo uma grande bosta mesmo e o que eu mais queria era um peso a menos nos meus ombros pra relevar a chatice e falta de interesse que foi a faculdade esse ano. Quando eu percebi já era Natal.

Aliás, nesse último Natal eu não sei o que foi melhor. Se foi minha família inteira conhecendo meu namorado cujo sogro o proibiu de pisar na minha casa. Se foi a avó do Bu Couto no telefone me desejando Merry Christmas e melhoras da tuberculose que ele inventou que eu tinha desenvolvido. Ou se foi meu tio, tadinho, extrapolando os limites do bom senso e me dando de presente um livro do Silas Malafaia. No fim eu acho que o melhor mesmo foi ter ganhado da minha avó o perfume Diva Chic, que eu nem conhecia. Acho que ela certou totalmente na escolha.

Para dois mil e doze eu quero menos estresse, menos dúvidas, menos dívidas (se Zeus quiser) e mais dinheiro no bolso.

De quebra, desejo um ano novo bem neurótico pra todos vocês.

20 de dez. de 2011

Aquele do primeiro nome

Eu sempre tive um problema sério com meu primeiro nome: Jorge. Eu nunca gostei dele. Talvez esse meu repúdio seja pelo fato de eu ter crescido sendo chamado de Alison para não haver confusão com o outro Jorge da família, não sei. Só sei que a minha vida toda eu tentei fazer as pessoas me chamarem de Alison porque eu nunca achei que Jorge tinha lá muito a ver comigo. Por causa disso, geralmente pessoas do círculo escola/faculdade me chamam de Jorge e o resto me chama de Alison, porque eu me apresento como Alison.

Enfim, meu problema com Jorge acaba gerando certas irritações do tipo: Gente que me conhece como Alison eu não deixo me chamar de Jorge, e quando me chamam eu acabo respondendo de forma mal criada. Meu pai e meu namorado, por exemplo, fazem um pouco disso pra me irritar.

Hoje eu cheguei em casa e meu namorado veio falar comigo no facebook.

"Namorado: Oi Jorge.
Eu: JORGE MEU CU.
Namorado: É a Célia, mãe do Anderson."

Morri de vergonha.

15 de dez. de 2011

Aquele do mau humor

Sabe quando você acorda de mau humor? E parece que o universo está em conspiração e você sente vontade de matar alguém? Pois é, às vezes eu acordo assim. Por mais simples que a palavra possa ser, eu chamo isso de estresse. E o estresse, gente, é a TPM do homem.

Tudo começa quando meu intestino não funciona de manhã. Isso me irrita profundamente. Não fazer cocô de manhã é um sinal dos deuses de que eu vou ficar estressado pelo resto do dia.

Daí acontece de tudo. Eu abro o armário. Nada decente pra vestir. Olho minha cara no espelho. Não dormi direito, estou com a cara péssima. Aliás, geralmente nesses dias de amargura emocional a chance de eu ter acordado de uma noite mal dormida é bem alta. É quando minha pele acorda um lixo, meu cabelo pior ainda e eu acabo sendo forçado a ficar o dia inteirinho com aquela aparência descabelada que me faz querer amaldiçoar minha herança genética. Por causa disso, inclusive, eu acabo restringindo visitas ao banheiro ao extremamente necessário para não ter que passar por um espelho e ver o reflexo da minha cara de zumbi muitas vezes ao dia..

Mas apesar de tudo eu acho que a desgraça jaz principalmente nas relações sociais. Nesses dias eu acabo não falando direito com as pessoas porque tudo e todos me irritam. As pessoas até chegam com simpatia, perguntam se tá tudo bem e eu respondo com um "to ótimo" de cara feia e isso só piora as coisas. Mas isso não é o crucial, o crucial é que SEMPRE tem uma criatura em especial que se acha engraçadinha pra me torrar ainda mais a paciência.
Geralmente essa pessoa é o meu pai.
Aliás, eu diria que noventa e seis por cento das vezes essa pessoa é o meu pai.

Eu estou pouco me lixando se ele não aceita meu modo de vida, se ele me acha irresponsável, mulherzinha, sem cérebro, se ele odeia meu namorado, dane-se todas essas coisas. Por incrível que pareça, eu cresci com a habilidade de ignorar tudo de ruim que o meu pai pensa de mim e seguir em frente de cabeça erguida. Mas hoje, quando eu vi que ele comeu o meu último pudim com cobertura de morango, ah, foi a gota d'água. Isso foi o fim pra mim.

Foi o fim.