10 de mar. de 2013

Aquele onde não aceitam cartão de crédito

"Quero essa bolsa aqui, moço."

"Essa?"

"Não, essa aqui. De bolinhas. Quanto tá?"

"Dez reais, senhora. Dinheiro ou cartão?"

"Cartão? Você aceita cartão? Não sabia que vocês aceitavam cartão agora, essa é nova pra mim!"

"É, tamo aceitando sim, senhora, tem um monte aí aceitando agora."

Disse o camelô de trem para sua cliente.

Ver um vendedor camelô no trem tirando da sua pochete uma daquelas máquinas de cartão de crédito foi uma experiência inovadora pra mim. Eu tenho como opinião que é lamentável nos dias de hoje estabelecimentos não aceitarem cartão de crédito ou débito, é atraso tecnológico. Veja o camelô. Até eles estão aceitando.

Quer melhor praticidade do que dizer "Passa no cartão" e não se preocupar em pegar naquele dinheiro imundo que passa de mão em mão e que você nunca saberá realmente por onde andou? A gente pode estar manuseando uma nota que uma vez esteve bem no saco escrotal de um stripper e nunca vai saber. A nota de um real, por exemplo? Ficou tão rodada que não existia mais nota que não estivesse caindo aos pedaços. Eu pelo menos não via. Se bobear até o verdadeiro motivo de a tirarem de circulação.

Não respeito lojas que não aceitam cartão. Num mundo ideal, o dinheiro em papel estará extinto e o ser humano nunca mais precisará carregar ou se preocupar com coliformes fecais em cédulas de dinheiro.

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