4 de mai. de 2011

Aquele da neurose alheia

Eu me surpreendendo com a loucura dos outros. Eu costumo pensar que as minhas manias são tão insuperáveis e os transtornos obsessivos que me cercam tão extremos ao ponto de não me deixarem ter uma vida normal. Mas eu começor a relevar esse sentimento e mudar profundamente o meu conceito sobre minhas peculiaridades quando eu encontro alguém mais neurótico do que eu. Mas é o que dizem, né? Sempre tem alguém pior que você.

Sabe, lá na faculdade de Letras ultimamente a gente tem percebido um aumento significante no número de insetos. Principalmente mariposas e mosquitos. Porque tá na época, né. Então mais de uma vez acontece um daqueles episódios bobinhos em que entra um bicho voador na sala de aula e todo mundo fica eriçadinho tentando fazer o bicho sair de perto. Daí interrompe a aula, começa murmúrio, as pessoas choram etc. Mas hoje eu reparei o que o medo provoca nas pessoas. Na minha turma de história da língua tem uma garota que tem pavor de bichos e toda a vez que entra um ela sai correndo da sala. Outro dia mesmo eu notei um alvoroço numa sala de aula em que os alunos literalmente saíram correndo para fora, e quem era a líder da balbúrdia? A mesma menina. E quando eu fui passar perto para saber o que diabos estava acontecendo, era um marimbondo que tinha entrado na sala.

Mas enfim, geralmente nessas aulas de história da língua sempre aparece algum bicho (acho que é foco) e hoje eu e minhas amigas (assim como a turma inteira) notamos algo interessante sobre a garota. Ela chegou ao extremo de se incomodar TANTO com as aparições repentinas de bichos voadores que ela literalmente levou um mata-insetos e o deixou descansando sobre a mesa para quem sabe, a necessidade de usá-lo se torne aplicável alguma hora. Eu só fico imaginando como seria o cenário de uma sala de aula parando suas atividades normais para que uma louca pudesse correr atrás de um coitado de um inseto para envenená-lo até a morte.
Seria engraçado.

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