8 de dez. de 2012

Aquele d'A Gafe

Ontem estava trabalhando aplicando um exame de proficiência para falantes de inglês pré-adolescentes e pela primeira vez em três anos aplicando prova eu vi uma criança chorando.

Vamos chamar o garotinho de Luiz Gustavo. Então Luiz Gustavo tinha dez aninhos de idade. Papai o levou até a sala de espera e lhe desejou boa sorte. Dois minutos depois ele retorna com o celular em mãos, dizendo que a mãe do garoto tinha ligado para desejar boa sorte.

Pronto. Luiz Gustavo desabou em lágrimas.

Eu me senti dentro de um filme dramático sobre uma criancinha que vivia longe da mãe. A gente não ficou sabendo das fofocas da família do menino, mas o meu palpite era que ele não morava com a mãe ou ela tinha viajado pra bem longe. Mas isso não importa.

Não tardou até eu ver todos os supervisores fazendo força pra não chorar junto.

Terminada a ligação Luiz Gustavo foi lavar o rosto e lhe trouxemos um copinho com água e açúcar para ele se acalmar. Quando eu pensei que fosse o fim da dramalheira uma das fiscais mais velhas começou a tentar conversar com garoto numa tentativa de deixá-lo mais calmo.

E foi então que ela cometeu A Gafe.

"Você é filho único ou tem algum irmão?"

"Eu tinha uma irmã... mas ela morreu."

Podia ter ficado calada.

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