6 de fev. de 2012

Aquele do pôr-do-sol

Sempre achei meio ridícula essa história de bater palmas quando o sol se põe. Dá para citar uma infinidade de situações  que desperte em nós essa necessidade cultural de bater palmas. Em aniversários a gente bate palma, no final de um espetáculo teatral a gente bate palma. Em simpósios, apresentações em geral, enfim. Mas o pôr-do-sol? O que tem de especial no por do sol? É bonito? É, mas o sol se pondo dá pra ver todo o dia. É de tade, tá todo mundo acordado! Não chega a ser um nascer do sol que a gente ainda tem que ter o trabalho de acordar de madrugada pra conseguir ver como é.

Ontem mesmo eu fui à praia com as amizades pra tomar sol e um banho de mar. O que é uma mentira deslavada já que o mais fundo que cheguei perto da água foi até o calcanhar e nem tirar a camiseta eu tirei. Quando vou à praia só falo inglês e finjo ser gringo. Por voltas das sete horas da tarde não deu outra. A praia inteira de pé numa salva de palmas ao longo da despedida do Senhor Sol.

Por coincidência uns minutinhos antes tinha me distanciado das amigas para dar uma volta com o bofe pela praia e quando resolvemos voltar nos deparamos exatamente de frente para Ipanema inteira gritando, assoviando e se esgoleando pelo sol. Baixei a Miss Brasil na hora.

"Obrigada, gente! Obrigada! Eu amo vocês!" eu proclamava sorrindo, acenando de volta para todos eles.

Uma gordinha delícia super simpática logo em frente foi a primeira a dar uma risadinha. O momento meio que fez o meu dia.

Um comentário:

  1. Kkkk, não gosto de ir pra praia e adoraria poder imitar um gringo, mas eu tenho a "cara do Brasil".

    "eu proclamava sorrindo, acenando de volta para todos eles." Já tentei fazer algo do tipo, mas me acertaram com um estojo :|

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