12 de abr. de 2011

Somos todos neuróticos

Então pra resumir todo mundo é maluco. Nãaaaao adianta vir com essa historinha fiada de que "ai, eu sou normal, nhenhenhe", porque você não é, não. Ninguém bate completamente bem da cabeça. Isso não acontece.

Tudo começa na infância. E sabe, eu fui uma criança complexada. Filho único, pais superprotetores, orientação sexual duvidosa desde pequeno, o que gerava certos desejos reprimidos. Essas coisas. E eu tive uma infância muito triste e reprimida. Minha frustração infantil foi nunca ter podido ter uma Polly Pocket, sabe? Aquela boneca loira cheia de apetrechos? Então, quer dizer, o estágio inicial da minha vida já começou com sérios atritos e traumas irreparáveis e o que isso significa? Eu acabei crescendo achando que eu era anormal. Tudo bem que na maioria das vezes eram as pessoas que diziam isso (minha mãe ainda diz, aliás) e eu sinceramente posso dizer hoje que acabei me acostumando com o rótulo, mas depois de um tempo eu percebi que todo mundo sempre tem um parafuzinho meio solto. Todo mundo é neurótico e não adianta contrariar. Uma professora minha da faculdade vive dizendo isso. A neurose é apenas o estágio número 1 da loucura, é o estágio inicial. Quando ultrapassa isso é que a gente deve começar a se preocupar.

Não sei se eu passei do primeiro estágio, não. Tenho minhas dúvidas. Talvez eu prefira achar que não porque eu costumo lidar com a loucura de uma forma muito tranquila. Enquanto todo mundo por aí faz tanta questão de falar que é uma pessoa normal, eu já digo que comigo não é bem assim. Normal é chato, gente. Chato.

Posso ser neurótico, amargurado, reprimido sexualmente, o que for. Mas to vivendo. To levando. To feliz.

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